segunda-feira, 2 de maio de 2011

LAMENTO DO ANJO PELO AMOR DE SUAS DAMAS












Dimensões imponderáveis
no silencio das ausentes;
nem nas lagrimas que choraram
conseguia-se o reflexo de alguma luz
que insistia em alumiar caminhos que seguiam,
palmilhados de tristeza imensa.

Enorme.

Eram figuras do abandono
e os sons só existiam no eco da solidão.

Profunda.

As mãos macias, pequenas
sem cores nem gestos.

Frias.
Os corpos abandonados
misturavam-se com as coisas do nada,
inscritos num vazio sem dimensões
que cercava minhas senhoras Damas.

Tristes.

Meninas,
princesas,
tão pequenas
tão sós

diluindo-se nas camadas tênues do vento.


(sspóvoa-26 de abril)

Sebastião Spínula Póvoa

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